A Força da União e O Poder nas Comunidades: A Paçoca e o Doce de Tamarindo
Há muito temos criado teorias
sobre o que seria a verdadeira expressão de Justiça Social. Diante de tantas
evocações, necessidades e pedidos de amparo, é possível perceber que as
discrepâncias geradas pelo sistema atual promovem a corrosão de si mesmo uma
vez que revela-se incapaz de solucionar à contento e organicamente seus efeitos
colaterais destrutivos tanto sobre o próprio homem quanto sobre o meio no qual
ele se instala.
Mas o que de fato se deseja
atingir quando se pensa em Justiça Social?
Livro na foto: Etiqueta e Boas Maneiras de Martha Calderaro
Fato que “subviver” em estado de dependência
e incapacidade produtiva são reflexos de Injustiça Social porque eles encerram
o homem numa incapacidade de ser pleno. Portanto, a melhor forma de promove-la
é emancipando o homem desse estado pitoresco através da capacitação real e da
remuneração digna, sendo que esta é aquela que lhe garante um estado de viver em
plenitude.
A ideia utópica e inaplicável para
o presente estado de consciência e desenvolvimento da humanidade sobre a possibilidade de inexistência das "premiações proporcionais" onde todos trabalhariam assumindo
diferentes níveis de responsabilidade pelo mesmo volume de retorno,
indiscriminadamente à estrutura no qual se organizam ou porque se organizam sugerida em alguns casos como
forma de promover a Justiça Social, revela-se sofisma uma vez que inexista a diferenciação do retorno x risco perde-se o incentivo que atraia quem esteja disposto a assumir maiores graus de responsabilidade, podendo gerar também como consequência engessamento do sistema e falta de iniciativa individual. Além disso, significaria sobrecarregar algum ponto de concentração que gerisse todos os recursos e riquezas assim demandados, como por exemplo, o que ocorreu recentemente na Venezuela com o sequestro de bens extras e recursos investidos e poupados, ou seja, a centralização dos recursos na pessoa do Estado buscando promover alguma sensação de igualdade dispondo de recursos alheios, o que revela incerteza quanto à capacidade do Estado de fato atender por si só todas as demandas sociais de modo igualitário principalmente a longo prazo, à exemplo do que ocorre quando promove-se racionamentos de recursos onde sempre é possível notar a existência daqueles que gozam de maiores privilégios puramente por ocuparem cargos chaves que servem para manter esse escopo completamente desvirtuado.
Como se pode perceber, sem as devidas transparência, integridade, consistência de ser, compromisso, responsabilidade, atendimento exclusivo da finalidade que cada função precisa exercer e a inexistência de mecanismos eficientes de controle sobre as atividades exercidas, culminam em perversões sociais através das corrupção, disfuncionalidade e desvirtuação do que se pretenderia com o acúmulo repartido à posteriori devido ao desvio das funções inerentes às responsabilidades que lhe concedem poder para agir, premiando indevidamente a manutenção de indivíduos despreparados, inconsistentes e mau intencionados que diante da facilidade de retorno rápido e através de conchavos, se associam tratando a coisa pública como particular usufruindo indevidamente do arquétipo lesável exatamente por causa da tendência humana de beneficiar-se quando isso depende somente de si mesmo. Traço esse muito presente em indivíduos cuja integridade esteja comprometida, o que os leva a desviarem as finalidades de suas funções e se desvirtuarem do contexto qual deveriam operar.
Como se pode perceber, sem as devidas transparência, integridade, consistência de ser, compromisso, responsabilidade, atendimento exclusivo da finalidade que cada função precisa exercer e a inexistência de mecanismos eficientes de controle sobre as atividades exercidas, culminam em perversões sociais através das corrupção, disfuncionalidade e desvirtuação do que se pretenderia com o acúmulo repartido à posteriori devido ao desvio das funções inerentes às responsabilidades que lhe concedem poder para agir, premiando indevidamente a manutenção de indivíduos despreparados, inconsistentes e mau intencionados que diante da facilidade de retorno rápido e através de conchavos, se associam tratando a coisa pública como particular usufruindo indevidamente do arquétipo lesável exatamente por causa da tendência humana de beneficiar-se quando isso depende somente de si mesmo. Traço esse muito presente em indivíduos cuja integridade esteja comprometida, o que os leva a desviarem as finalidades de suas funções e se desvirtuarem do contexto qual deveriam operar.
Não é o Estado que organicamente
gera empregos. Ele é provocado a gerá-los a partir da necessidade de cumprir
suas finalidades diante do crescimento econômico produzido através de geração
de riquezas e estas ocorrem via ações de empreendedorismo e
investimentos, não significando dizer que ações pontuais com intenção de operarem a um determinado espaço de tempo não funcionem, como por exemplo, o New Deal aplicado por Roosevelt entre os anos de 1933 e 37 a fim de recuperar a economia norte-americana após o crash da Bolsa de Nova Iorque em 29 que derrubou a economia mundial naquele período entre guerras. Quanto às ações de empreendimento, por conseguinte, somente existem por causa da sedução
relativa ao retorno proporcional ao risco e responsabilidade.
Dessa forma, afirmar que a centralização de recursos protege o cidadão, na realidade o conduz ao próprio abate pois o força a crer num Estado como indivíduo separado de si, autossuficiente e que assume por ele as responsabilidades que ele mesmo deveria assumir e exercitar, como se pode perceber ocorrer tanto historicamente quanto manifesto na atualidade ao observarmos, por exemplo, os casos Brasil, Cuba, Venezuela, Coreia do Norte, Rússia e China, sendo estas duas últimas mais claramente antes de se abrirem para o capitalismo. Somado a isso, há também a implosão das economias culturalmente ditas liberais que ao tentarem assimilar dispositivos inatos ao sistema operante sem o devido ajuste, em conjunto, têm gerado diversas distorções no sistema geral em busca de equalizá-lo no sentido de fazê-lo funcionar contrário ao comportamento natural do próprio homem, que em essência, além do instinto de sobrevivência, é acumulador por natureza e busca através disso, destacar-se no ambiente social no qual interage, o que também não significa afirmar que as demandas que geram tais dispositivos não seriam genuínas, muito pelo contrário. São curiosamente originárias em necessidades genuínas porém, nunca atendidas de todo ou à contento exatamente porque sem elas, não seria possível forçar uma substituição geral do sistema por um que, em ambientes micro, já demonstrou não funcionar. Ou seja, nem o sistema exclusivamente liberal é capaz de atender as demandas necessárias por migrar recursos sem deixar a devida estrutura operante de forma orgânica que lhe garanta continuidade e crescimento mantendo a qualidade de vida de todos os partícipes, nem o sistema que sugere centralização dos recursos a serem repartidos a posteriori apresenta modus suficientemente capaz de realizar o suprimento do todo necessário.
Dessa forma, afirmar que a centralização de recursos protege o cidadão, na realidade o conduz ao próprio abate pois o força a crer num Estado como indivíduo separado de si, autossuficiente e que assume por ele as responsabilidades que ele mesmo deveria assumir e exercitar, como se pode perceber ocorrer tanto historicamente quanto manifesto na atualidade ao observarmos, por exemplo, os casos Brasil, Cuba, Venezuela, Coreia do Norte, Rússia e China, sendo estas duas últimas mais claramente antes de se abrirem para o capitalismo. Somado a isso, há também a implosão das economias culturalmente ditas liberais que ao tentarem assimilar dispositivos inatos ao sistema operante sem o devido ajuste, em conjunto, têm gerado diversas distorções no sistema geral em busca de equalizá-lo no sentido de fazê-lo funcionar contrário ao comportamento natural do próprio homem, que em essência, além do instinto de sobrevivência, é acumulador por natureza e busca através disso, destacar-se no ambiente social no qual interage, o que também não significa afirmar que as demandas que geram tais dispositivos não seriam genuínas, muito pelo contrário. São curiosamente originárias em necessidades genuínas porém, nunca atendidas de todo ou à contento exatamente porque sem elas, não seria possível forçar uma substituição geral do sistema por um que, em ambientes micro, já demonstrou não funcionar. Ou seja, nem o sistema exclusivamente liberal é capaz de atender as demandas necessárias por migrar recursos sem deixar a devida estrutura operante de forma orgânica que lhe garanta continuidade e crescimento mantendo a qualidade de vida de todos os partícipes, nem o sistema que sugere centralização dos recursos a serem repartidos a posteriori apresenta modus suficientemente capaz de realizar o suprimento do todo necessário.
Para que se estimule o crescimento
econômico real, é necessário gerar bases sólidas, consistentes, transparentes,
íntegras e responsáveis tanto por parte dos gestores quanto por parte dos
demais agentes atuantes e partícipes determinantes no sistema uma vez que as
ausências desses predicativos não geram relações mútuas de confiança,
concorrência leal e muito menos resultados que beneficiem responsavelmente todo
o contexto cujos resultados das relações de negócio, legislação e estrutura
social demandam. Além disso, um ambiente fechado tende a minguar e tornar-se ineficaz quanto ao auto suprimento, fazendo-se necessária a injeção de novos recursos, geralmente atraídos externamente. Desse modo, continuarmos pensando em formas e modus de
produção que privilegiem grupos em detrimento da qualidade, atendimento dos
objetivos e finalidades é operar contra si mesmo de forma corrosiva.
Dentre as disfunções do sistema
que promovem a espiral decrescente qual opera conduzindo a humanidade para o
suicídio coletivo, está o uso distorcido das ações paliativas quanto à
capacitação do indivíduo para o trabalho, o subemprego com remuneração
escravocrata e a ocupação aparente que ferem a dignidade do indivíduo através da
cultura da dependência e sensação de incapacidade em troca da geração de índices
maquiados e nichos de negócios perdulários que drenam recursos à sua subtilidade
cujo principal objetivo é o enriquecimento ilícito travestido de licitude via justificativa
de objetivar a melhoria da qualidade de vida daqueles que compõem sua
clientela.
Não é raro constatarmos
existência de ongs que alegam se dispor a auxiliar as comunidades nas quais se
instalam para as desenvolverem, porém seus resultados efetivos não capacitam
com eficiência ou não resgatam sem o adorno do envolvimento político partidário
o que culmina na formação de grupos redirecionáveis através da pré-formatação
de seus conceitos diante do “alimento aparente” cuja a “boa vontade e luta”
diários estariam subjetivamente buscando produzir. Observo que essa crítica se
estende àquelas cujos envolvidos não se engajam por vocação, antes as usam como
meio de sobrevivência desviando partes de recursos como forma de doações e
retribuições para reforço de caixa de terceiros que as estimulam existir como
forma de troca de favores e cortesias dando
ao interesse público uma conotação exclusivamente privada, e alocando a isso,
recursos que deveriam de fato atendê-lo. Sendo que esse fato ocorre à espelho
dos cabides de empregos comissionados cujos repasses parecem ocorrer no mesmo escopo
apresentado pelo estouro do famoso caso Queiroz, que revelou um esquema de
repasses praticado como cultural e por isso, habitual na Assembleia Legislativa
do Rio de Janeiro e, também, sobre “escândalos” divulgados pela impressa de
grande circulação envolvendo entidades não-governamentais (Ongs) como informado
na matéria vinculada pela Veja em 29 de outubro de 2011 sob o título Ongs: O Caminho
da Corrupção.
Em contrapartida, é preciso
pensar que muitos dos envolvidos e engajados nesse processo estão buscando
meios e formas de fazerem a desejada diferença, que realmente acreditam estarem
fazendo algo e que, em algum nível, recebem e doam traços efetivos de
benefícios que melhoram o contexto individual tanto seu quanto de alguns outros.
Porém, é necessário compreender que a condução para a centralização via dependência
ou pseudoprofissionalização contribuem para que o indivíduo permaneça preso à
faixa de exclusão social quer seja via dependência do sistema através da assimilação
dos jeitinhos que dele podem usufruir ou através da desesperança e falta de
recursos em si mesmo de conseguir galgar sua autorrealização, o que contribui
para a manutenção do enorme contingente de mão de obra barata, disponível e
desesperançada e que, colateralmente, reforçam os índices de criminalidade,
violência e corrupção. Em hipótese alguma deve-se ignorar aqueles que fogem à
regra e conseguem quase que por força inata, aproveitarem o máximo dos recursos
assim disponíveis e transformarem suas realidades de modo ético, responsável,
vitorioso e empreendedor, mesmo que nesse último caso, signifique o exercício
exclusivo do empreendedorismo limitado ao desenvolvimento da própria carreira
profissional que gera recursos para atender as demais demandas individuais de
ser e reconhecimento que expressam sua inclusão social.
Outro bom ilustrador do poder degradante
da distorção quanto à ilusão de capacitação e ocupação são as Ocupações Aparentes.
O que seriam elas? Tratam-se daquelas ocupações que o indivíduo assume sob a justificativa
de demonstrar que está buscando viver dignamente pois isso reflete o cerne de
seu desejo, porém, os meios escolhidos para satisfazerem-se são insuficientes
quanto aos resultados possíveis de serem alcançados. O melhor exemplo para
demonstrar isso são as vendas de paçocas nos sinais e ruas. É bastante comum
indivíduos de todos os perfis de sexo e idade se aproximarem pedindo dinheiro
para comprarem caixas de paçocas a fim de que possam revendê-las e ganharem seu
sustento. Já nesse momento o equívoco se torna detectável: Ora, se o objetivo é
garantir a sobrevivência, fala-se em continuidade o que, apenas uma injeção de
recursos deveria ser capaz de ao menos garantir a recompra do produto e
continuar gerando os meios de sobrevivência desejados, fato que não ocorre. E
por que não ocorre?
Uma caixa de paçoca da mais
vendida e empacotada individualmente vem com 50 unidades e custa em torno de R$
12,00 podendo-se encontrá-las em promoções pontuais a R$ 10,00. Considerando o valor
médio normal e mais regular, basta calcularmos que, se o indivíduo busca
atender suas necessidades mensais com base num custo lastreado sobre o valor do
salário mínimo, estaria afirmando que seu Custo Fixo atual seria equivalente ao
valor do Salário Mínimo Brasileiro, hoje expresso em R$ 998,00 e, se ele
pretender atingir isso vendendo três caixas por dia onde cada unidade tenha o
preço de venda equivalente a R$ 0,50, como é comumente praticado, e seu esforço mensal
teria como meta atingir a venda de 4.500 unidades por mês, o que equivale vender 150
unid/dia, ele poderia alcançar seu objetivo, porém há algumas considerações a serem apontadas. Assim, calculando quantas unidades ele precisaria vender por mês para
ter suas necessidades supridas, encontraríamos os seguintes resultados:
Fórmula para calcular o Ponto De
Equilíbrio Financeiro:
Onde:
Q = Ponto de Equilíbrio,
CF = Custo Fixo,
CFu = Custo Fixo Unitário, e
PVu = Preço de Venda Unitário.
Q= { 998 / 100 x [1-( 0,222/0,50)}
x 100 =
Q = { 998 / 100 x [ 1 – 0,44]} x
100 =
Q = { 998 / 100 x 0,56} x 100 =
Q = { 998 / 56} x 100 =
Q = 17,8214 x 100 =
Q = R$ 1.782,14 de arrecadação
bruta, que dividido pelo preço de venda R$0,50 resultam em mais de 3.564
unidades que deverão ser vendidas para atingir a meta proposta.
Ou seja, se ele conseguir vender
3.565 unidades, terá alcançado a meta de cobrir os R$998,00 desejados. Porém,
se conseguir vender as 4.500 pretendidas, ele galgará cerca de R$ 1.170,00, o
que na prática, apesar de um valor superior ao teoricamente desejado, não é
suficiente para suprir as necessidades mensais se forem considerados aluguel, energia,
água, alimentação, vestimenta, saúde, higiene, limpeza... e nesses casos, gastos
com lazer, internet e capacitação nem são cogitados. A situação se agrava
quando no contexto comum, geralmente busca-se suprir as necessidades de mais de
um indivíduo, cuja família é geralmente composta por quatro membros em média
quando se olha diretamente para a faixa de composição familiar existente nas
famílias de baixa renda. Assim, a forma de ocupação aparente nem leva em
consideração os demais custos, como por exemplo: O saquinho comprado para
amarrar um combo com quatro unidades, muito menos caso precise comer algo na
rua ou até mesmo, ignora a possibilidade de ocorrer algum prejuízo que necessite
cobrir como perda. Nesse caso, não há nem o que se falar em lucro, apenas na
mera busca pela subsistência, o que nem se pode ascendê-la ao termo “Sobrevivência”
uma vez que o desgaste gerado é desmotivador diante dos eventos de retorno
quais o trabalhador não consegue compreender porque ocorrem.
Todo ser tem em si a busca do
sentido de utilidade e inclusão, e deseja ser aceito pelo meio que integra como
também sonha ascender a estágios acima daquilo que enxerga ser o ideal. Daí, a
principal necessidade sobre a responsabilidade de capacitar pessoas é que
através delas é possível alcançar sociedades mais justas, humanas e
igualitárias por meio da justa distribuição de renda que se dá via Suficiente
Remuneração pelos esforços empenhados respeitando-se todos os âmbitos de
existência do ser e não a partir de uma remuneração qualquer que aloque o
indivíduo à condição de exclusão baseado num modus de extração de recursos e
resultados pelo máximo possível independentemente do dano gerado.
Ou seja,
através de uma nova compreensão dos processos, objetivos e do que de fato é o
lucro tangível e real, que diga-se de passagem, este não é de modo algum
limitado ao mero conceito de retorno financeiro, tanto é que, se assim fosse, o
dano proveniente de acidentes ambientais evitáveis como o de Mariana e
investimentos incongruentes como Belo Monte não levantariam sérios
questionamentos sobre seus efeitos, é possível obtermos resultados mais justos
e um sistema que talvez nem gere tantas distorções. Dessa forma, quer saber se uma
atividade, empreendimento, órgão, empresa pública, autarquia, investidor ou
empresário está praticando justiça social? Basta saber em que condição de vida
sobrevive aquele que recebe a menor remuneração expressa na Folha de Pagamento
em comparação ao custo real de manutenção dentro da realidade em que este se
encontre, uma vez que não é o Gasto com Pessoal que realmente sobrecarrega os
Custos do Negócio, mas sim, a Falta de Infraestrutura Inteligente que escoe a produção
associada à Sobrecarga Tributária que está sempre encoberta pelo argumento de
inconsciência empresarial sobre as margens de lucro.
Porém, também de nada adianta a
remuneração ser suficiente para amparar uma vida digna se o indivíduo não souber
administrar seus recursos. Aqui há outro comportamento cultural fomentado pela
irresponsabilidade do consumo empurrado e inconsciente que alimenta a cadeia
produtiva com base no tempo de duração do produto ou moda sem considerar os
demais efeitos nocivos provenientes da escala irracional de produção que
empurra o respeito à vida para os menores pontos de prioridade e ascende ao
topo de prioridades a maximização de resultados e desempenho organizacional não
importando todos os resultados colaterais negativos e degeneradores gerados em
todas as direções: A usurpação de Ser pelo Estar, que tem feito surgir a
ansiedade oriunda do Vazio Existencial e consumido a humanidade culminando em
aumento de índices de depressão e suicídio, pois uma vez que não se oferece os
subsídios necessários ao desenvolvimento humano e expõe o indivíduo às
constantes cobranças de um sucesso distorcido via inclusão não importando a
origem do mérito, os efeitos perceptíveis podem ser por exemplo observados nas
incongruências curiosamente comuns de “não se ter uma parede rebocada, porém se
ostenta um Smartphone de Primeira Linha”; no “Fazemos embalagens recicláveis,
mas não estruturamos como a destinação deverá ser feita”, e ainda no “ Pela
Vida fomentamos a Morte”, quando nos levantamos na brutalidade do dissídio da
guerra em vez da genialidade concernente à faculdade do diálogo.
Assumindo essa percepção, é
possível notar que o Reaproveitamento de Potenciais existentes naqueles que
desejam produzir, não sabem como fazê-lo e se sentem fragilizados diante dos
diversos abusos sociais, econômicos e culturais sofridos pode estar diretamente
relacionado a uma nova forma de produzir, que vise integrar o contingente
excluído, alienado e disposto: A pulverização da produção através de células
produtivas localizadas dentro das comunidades ou locais problemáticos cuja
finalidade transcenda a ideia de retorno financeiro sem negligenciá-lo onde o
somatório de forças não gerariam vínculos empregatícios entre si, mas
responsabilidades mútuas e cooperadas, ajustadas e acordadas a fim de
alcançarem juntos objetivos comuns dando ao “Modus Cooperativa” uma nova
roupagem, onde as atividades desenvolvidas buscariam atender suas finalidades
propostas de modo disciplinado, e gerarem para cada partícipe recursos suficientes
a fim de alcançarem a Inclusão Social desejada.
Em outras palavras, fomentando e capacitando
adequadamente pessoas para empreenderem em conjunto a partir dos locais em que
se encontram, usando modelos e métodos eficazes através de produtos e/ou
serviços artesanais e/ou semi-artesanais ou formando estruturas de micro ou pequenas
empresas fabris ou industriais, onde elas enfrentem jornadas de trabalho
contributivas cuja mensuração se dê via volume de produção individual esperado,
regular e não escravizante de forma que lhes sejam possíveis os concílios entre
trabalho, convívio familiar, convívio social, capacitação pessoal e lazer
gerando sensação de superação, vitória, valor e pertencimento pode por
conseguinte transformar a realidade tanto dessas pessoas quanto dos locais e
entorno onde convivem. Nesse escopo, seria possível inclusive, interligar os polos
produtivos a fim de formarem centrais de compras e distribuição ou agendamento,
uma vez que, se devidamente organizados e a estrutura responsavelmente gerida,
poderá ser possível trabalhar a praça do produto para além de suas fronteiras. Assim,
seria a substituição da ideia de grandes estruturas centralizadoras de poder acompanhada
pela melhor distribuição de responsabilidades e renda, que como resultado, somar-se-iam
em complexos mais consistentes e estáveis pelos vínculo de posse preferencial
traduzido mensalmente em PL (Participação nos Lucros e Resultados) ou Cotas e sentimento de pertencimento, e pela satisfação com a remuneração e o ambiente de trabalho uma
vez que cada um sentiria em si a importância de sua finalidade independentemente
da função exercida e perceberia no bolso a consequência disso materializando em
sua realidade a ascensão da condição individual para a inclusão total, sem
necessariamente estarem vendendo sua força de trabalho para terceiros.
Com base na ideia acima, é
possível estendê-la ao aproveitamento das cadeias e elos possíveis de serem
interligados via Logística Reversa e baseadas na Economia Circular,
redirecionando outputs e resíduos transformando-os em inputs a serem trabalhados em
estruturas semelhantes. Isso poderá fazer surgir pelo somatório orientado de empenhos
uma nova força que funcionaria como reguladora de preços no mercado amplo para
o tipo de produto ou serviço ofertado. Em pequena escala, corrigiria localmente
as distorções dos preços promovidas pelo desconhecimento sobre como montar a
estrutura de custos, diminuindo a distância de ganho médio por unidade entre os
produtos industrializados e os artesanais, fazendo com que o consumidor final possa
usufruir como benefício o consumo de produtos mais pobres em conservantes,
açucares e sódio por terem a composição de produtos caseiros, ou serviços menos desconformes, em ambos os
casos, devido à capacitação objetiva e ao investimento direcionado na estrutura
eficaz iniciando pela suficiente capacitação das pessoas envolvidas no processo
de construção da célula em formação, algo que os esforços atuais para fomento
do empreendedorismo não se revela capaz de fazer exatamente porque usa a boa
vontade de ofertar crédito, em alguns casos a juros altos, para pessoas que não
possuem senso financeiro, de custos, de disciplina sobre empreender e muito
menos sobre como viabilizar suas vendas, distribuição ou reduzir os custos com
compras a fim de aumentarem seus ganhos sem impactarem o preço de venda ou
posicionamento do produto no mercado.
Analisando essa possibilidade, é
possível compreender que essa estrutura não ficaria exclusivamente aplicável
aos “Marginalizados pelo Sistema”, antes ela é democrática e poderia ser
assumida por qualquer grupo que deseje encarar o ato de empreender, que é tão
precioso e essencial ao fomento e geração de riquezas numa economia. Além
disso, também visaria atender à evocação crescente sobre o ser humano passar a
integrar a ideia de sustentabilidade de modo literal uma vez que, como
consequências de responsabilidade, ganho, jornadas e lavoro mais humanos se obteria
pessoas capazes de se desenvolverem em plenitude e aumentarem seus “tempo de
vida útil”, contribuindo inclusive com a redução indireta dos índices de
afastamento por doença e a pressão sobre o Sistema Único de Saúde, aumentando o
combate à corrupção devido ao não fomento de práticas desconformes, e a redução
da violência, diante da ocupação valorizada e reconhecida socialmente pois, formar-se-iam
indivíduos mais conscientes e com visão amplificada sobre todo o contexto
produtivo, social e adjacente, como também, ao resultarem em seres que geram em
si mesmos a capacidade de solucionarem as próprias questões de sobrevivência
passando a distribuir para o Estado apenas aquilo que a ele concerne, passam a
atuarem como modelos e espelhos dentro de suas próprias localidades.
Talvez haja quem considere isso
um risco, porém risco maior é o resultado que se delineia através do modus
atual de produção uma vez que ele ao mesmo tempo que entrega algum resultado,
se degrada e degenera inviabilizando a si mesmo, algo que pode ser claramente
notado pela dificuldade em ocupar postos de trabalho com pessoas devidamente
capacitadas e motivadas ainda que a remuneração seja atrativa, e até mesmo, nas
ocupações cujas exigências parecem mínimas. Isso revela que o declínio das
faculdades do ser humano fomentado e reforçado pelo atual e obsoleto modus de
produzir, ser, pensar e sentir carece ser urgentemente repensado e substituído.
Através do exercício do
empreendedorismo artesanal, das dificuldades encontradas, da necessidade de
atender as próprias necessidades e de como solucioná-las, foi que vim notando
as possibilidades que uma estrutura grupal devidamente empoderada pode
contribuir em diversos contextos. Daí surge o problema, como grupos de pessoas
podem se organizar, somar esforços e produzirem juntas, inclusive resgatando
receitas de família como produto ou serviço a ser ofertado?
Bem, o modus proposto e
discorrido no texto traz algumas respostas, a forma é que carece inspiração de
cada um que ousar se dispor. No caso da Egly Delícias, o projeto pessoal que
estou usando para testar a proposta desse modelo, desenvolvê-lo e construí-lo,
encontrei a resposta para o aumento de escala de produção ao me recordar do
tradicional Doce de Tamarindo vendido quando eu era criança na Bahia. Lembrei
que ele era comercializado em copinhos de cafezinho e tampados com um recorte
de plástico somado a uma paleta de madeira do tipo que era entregue quando
comprava-se um sorvete cascão, e a aquisição do potinho de molho usado
atualmente que surpreendeu a clientela, se deu logo que fiz a primeira compra
para retomar a produção em 11/06/2019 cujo objetivo foi o retorno ao mercado em
12/06/2019. Isso significa dizer que, por eu já ter usado essa mesma atividade
como projeto de pesquisa para a conclusão do curso de Administração, me foi
possível partir do ponto onde parei, mas nem sempre será assim.
Muitas vezes,
quando iniciamos um negócio, vamos descobrindo ao decurso qual e como trabalharemos
no ramo ou nicho o produto que ainda estamos desenvolvendo. Já quanto ao
envolvimento e comprometimento entre as pessoas, noções de etiqueta
comportamental, educação social e emocional podem ajudar bastante, inclusive aprendizados
sobre a noção de cooperação entre integrantes de uma equipe, e mais que isso,
sobre a estruturação saudável de um contexto familiar, pois é isso que esse
grupo em suma irá se converter sob certa perspectiva. Daí, integridade,
transparência, conhecimento, paciência, disposição, liderança, atendimento de
suas finalidades e distribuição clara delas e de responsabilidades podem
contribuir para a possibilidade de sucesso, porém sobretudo, terem em mente que
é preciso aprenderem sobre ferramentas administrativas e decisórias para que
todos sejam capazes de cooperarem entre si com mais qualidade, revela-se essencial.
Conheçam os projetos:
No primeiro, acompanhe a
demonstração prática.
No segundo, a informação e
formação teórica que pode contribuir contigo!
Abraço, Gratidão e Até!
♥🌹
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