A Máquina da Crueldade x A Equivalência da Complementariedade
Em termos de comportamento humano
e social, quando há enorme conflito e obscurecência do ser pelo estar, é
possível observar o caos se estabelecer. Em resposta a isso, surgem as
centelhas com a finalidade de iluminar o caminho e bem aventurado é aquele que
se deixa iluminar ao ponto de desejar cada vez mais luz e gerar mais luz, em
vez de perder-se na vaidade de um conhecimento vazio, infrutífero e mortal, que
se perde no labirinto de discussões inférteis do ego em lugar de atenderem e
compreenderem os conceitos essenciais que podem ser aplicados para solucionar
questões que afetam positivamente o bem comum.
A degradação humana se percebe
facilmente através do nível de comprometimento da qualidade das interações e
nas nuances que tais deformidades apresentam, refletindo o sistema que a opera,
onde suas criações a esvaziaram de tamanha forma que inverteu-se os valores,
apesar da aparente manutenção dos trajes de bondade, misericórdia, justiça e
predisposição puramente bondosa baseados em possível amor não distorcido, sendo
que perverteram seus conteúdos distorcendo-os a ponto de manifestarem em
demagogias.
Algumas das mais perversas
demagogias que se pode observar estabelecida no comportamento social é o trabalho
social superficial e paliativo como forma de autopromoção, auto justificação ou
auto posicionamento diante de uma sociedade carente de verdadeiras ações de
humanidade. Observo que não me refiro de forma generalista, pois não ignoro o
fato de haver quem realmente se dedique integramente a resolver alguma questão
que se apresenta diante de tamanhos efeitos destrutivos provenientes das distorções
do caráter e dos centros de interesse que a humanidade tem se permitido
dirigir.
O foco dessa reflexão analítica é
a forma mais torpe da aparente preocupação e boa disposição em relação ao outro
e ao meio: aquela que gera ou colabora para a manutenção ou surgimento do
problema e depois cria situações que possam ser usadas como propagandas de
afirmação em sentido contrário aos seus atos, ou como índices mascarados que
sirvam à confirmação de dados e informações fictícios e/ou superficiais a fim
de manter uma caminhada cega no egoísmo que mantém, ainda que irrazoavelmente
por algum tempo, seu modus distorcido de ser e operar.
Esses perfis de agentes e ações negam
os efeitos manifestos pela prática a fim de defenderem a ideia que mantém o
sistema funcionando disformemente, dicotomicamente e adoecidamente. Bom exemplo
disso são os ditos cursos profissionalizantes que não possuem as devidas
estrutura e conteúdo capazes de profissionalizar servindo apenas para
preencherem números como máscaras enquanto ocupam tempo e recursos a fim de
justificarem suas existências, e o mais triste nesse fato, é sua passiva
aceitação pela sociedade na qual tal ação opera, pois há evidente
permissividade quanto à identificação pelo beneficiamento via o não-mérito,
onde o bordão mais sujo e ouvido se revela em: “o sistema já era assim antes de
você nascer e continuará assim mesmo depois que você se for”, já pré-formatando
o conformismo com o absurdo.
É muito comum encontrar esse tipo
de perfil comportamental tanto em iniciativas ligadas ao Terceiro Setor como
também nas “Metodologias Eleitoreiras”, quer sejam elas de iniciativa pública
ou privada e ainda individuais. São usadas meramente como contextos de
autopromoção ou fonte de captação de recursos para aplicações escusas à
proposta apresentada. A anomalia imediatamente tangente proveniente disso são
pessoas desesperançadas, que se sentem muitas vezes incapazes para algo útil.
Dessa forma, algumas ou permanecem nesse estado de desvalia e incapacidade de
alcançarem a devida serventia e adequação no mercado, ou passam a repetir
diversos ciclos viciantes de esperança já fadada ao insucesso quando elas
mesmas passam a assimilar a mesma disfunção a qual foram expostas passando a usar os “cerificados” como forma
conceitual de justificativa para seus insucessos.
Ou seja, teoricamente, no seu íntimo,
o indivíduo deseja ser um profissional competente em alguma área na qual se
identifique e se adeque, porém, na prática, não se vê capaz de aprender com
primor nenhuma das funções a que “se propôs” aprender e por esse motivo, é mais
fácil consolar-se pondo a culpa na “dificuldade da vida” que assumir sua
própria incompetência ou perceber que essa sensação na realidade é fruto da
disfunção no sistema que o marginaliza e incapacita limitando-o à dependência social,
estatal ou até mesmo a subempregos ou trabalhos escravizantes, sem que o mesmo
seja capaz de reagir contra isso por falta de subsídios conceituais de
experiência e prática, o tal “não saber o que nem como fazer” diante da
situação, passando a se deixar conduzir de qualquer forma, subsistindo em meio
às diversas distorções e agentes deformados, servindo e sendo servidos por eles.
Já a face mais perversa desse tipo
de abuso se revela-se no efeito rebote do descrédito e da assimilação do
aprendizado quanto aos usos e abusos do sistema, refletida sobre aqueles que
estão no limiar do assédio para “atividades desordeiras” uma vez que geralmente
estes já vivem em ambientes eticamente comprometidos ou socialmente
vulneráveis, tendo fácil acesso ao crime e contravenções. Não é raro por
exemplo, ao adentrar em comunidades, encontrar em expressa manifestação anseios
por futuros que não deveriam ser desejados como tais, ainda que a condição
social não seja o único fator determinante que conduza o indivíduo para o mundo
da criminalidade, mas os abusos diversos pelo mau uso do depósito da esperança
pode ser sim, um dos mais potentes deles. Isso não exclui os círculos de propagação desse tipo de perversão que estão nas camadas mais abastadas da sociedade. Em modos práticos, são o espelhamento um do outro, nesse contexto.
Certo é que as forças de
construção e destruição sempre procurarão formas de satisfazerem-se, quer
usando os espectros ou máscaras que enevoam nossa consciência ainda dormente ou
parcialmente desperta, ou ainda, pelas estruturas comprometidas ou as genuinamente
aprimoradas em nosso ser. Não há força chamada à operação que retorne sem
resultados. Isso significa dizer que, mesmo nessas condições é a escolha individual
de ir além que fará diferença nos resultados a nível individual e este poderá
surtir algum efeito em esferas mais amplas, porém, se isoladas e não
fortalecidas, dificilmente encontrarão forças para afetaram ou modificarem o
contexto geral, sendo esse, o maior peso sobre o sistema disfuncional sob o
qual operamos. Assim, se o estímulo externo distorcido conduz o indivíduo à
dependência de todas as formas através da sensação de incapacidade, é a
verificação interna que produzirá a reação conforme o parâmetro de sua
consciência individual e pessoal, lançando mão do subsídio consciente e
subconsciente internos, suas relações e significados para balizarem suas
escolhas e interações comportamentais.
Assim, os fatores externos ao Ser
podem ou não ser determinantes, mas certamente, são estimuladores dos
resultados concebidos. Ocorre que o indivíduo discerne segundo o nível de
percepção desenvolvida, se centrada em si ou no todo, na sobrevivência ou
existência, no cerne individual ou coletivo, e a ela atribui valores de
identificação, semelhança, aceitação ou repulsa auferindo assim conceitos de
certo, errado, aceitável ou não. Se o seu parâmetro estiver lastreado no
comportamento comum e habitual ao seu meio, natural que o mesmo também replique
os vícios existentes por compreendê-los, no mínimo, como aceitáveis ou normais.
Porém, se o indivíduo lastreia-se por parâmetros não identificados como
naturais ao seu meio comum, mas por discernimento de uma consciência ligada a algo
superior que o leva a diferenciar sua realidade encontrando assim respostas não
naturais porém resultantes da observação e análise críticas provenientes do questionamento
interno em comparação com o que se pode observar além dos aspectos aparentes em
seu entorno, então pode-se afirmar que o mesmo exerceu uma autorreflexão tão
profunda a ponto de encontrar em si “os tijolos de elevação” que o orientam no
sentido de existência e não apenas na mera necessidade disforme e animal de
sobrevivência, pois as chaves para a vida estão dentro de si e elas permitem
ver fora de si quanto mais se aprofunda nessa imersão de consciência que conduzem
a enxergar a verdade da análise impressa no comportamento natural manifesto
no ambiente e além dele, sendo possível perceber além dos espectros deformados
e suas distorções.
A distorção causada pela oposição
de fatores complementares tem causado muita confusão e prejuízos ao nosso
desenvolvimento, principalmente quando mal usados na construção de argumentos “separativistas”
(ações que visam segregar por oposição forjadas em conceitos de sobreposição) que
opõem forças e recursos de modo contraproducente. Já quanto à expressão
aparente é uma forma temporária que deve ser analisada pelo cerne a fim de não
se permitir estabelecer conceitos modistas e superficiais, mas buscar na origem
de sua insurgência as razões pelas quais tal demanda surgiu, se a mesma é justa
e deve ser atendida, observadas não sobre parâmetros pré-conceituais mas sobre
os efeitos das necessidades e aplicações práticas por ela revelados.
Um bom exemplo para ilustrar o
argumento acima é a contraposição do masculino e o feminino, quando na
realidade, independente da condição genética mas baseado na expressão mental
manifesta, são fatores complementares entre si, quer seja para a procriação e
perpetuação de espécies, quer seja na composição de um novo ser, quer seja para
fazer surgir até mesmo um pensamento, sentimento ou emoção materializando-se na
realidade tangível sua manifestação intangível através da conceituação das
formas, usos, modos de aplicação e expressão, como por exemplo, a simples ideia
de encaixe. Assim, enquanto um é diversificador, o outro é o frutificador. Um é
semente, o outro sementeira. Separados, desenvolvem-se atrofiando-se a ponto de
estagnarem e assim, se corroerem.
Como se pode notar, assim como a Dualidade
Universal é complementar, interdependente e oriunda de uma mesma fonte não
dual, todos os fatores manifestos possuem uma relação de complementariedade
direta ou indiretamente proporcional, que pode ser facilmente ilustrada abaixo:
Dessa forma, os agentes no
sistema, quer sejam ativos ou passivos, devem ser percebidos como
complementares e não opostos entre si, ainda que os objetivos pareçam se opor,
no fim, suas finalidades acabam cooperando entre resultados interdependentes,
quer atuem no mesmo âmbito ou se percebam afetações e interações entre âmbitos
diferentes. Portanto, trazendo para o tema em tela, desperdiçar recursos com
formações profissionais superficiais ou paliativos como forma viciada está
claramente contribuindo para uma maior precarização do sistema pois os efeitos
negativos colaterais podem ser percebidos em diversos âmbitos complementares e,
em nível macro, em diversas direções. Ou seja, a aparente “bola dentro”
revela-se uma completa “bola fora” com direito à maior penalidade surtida no
jogo: O prejuízo de si próprio através do prejuízo de todos.
Assim sendo, em última análise,
se pode perceber que a saúde de interesses que seguem aparentemente paralelos,
são interdependentes quanto ao uso e disposição dos fatores, até mesmo se
analisado sobre os fatores de produção e geração de riquezas. De qualquer modo
que se analise, é a origem do problema que precisa ser identificada e corrigida.
Somatizar paliativos como forma de solução é permitir que as distorções permaneçam
causando danos cada vez maiores e mais difíceis de serem contornados. Manter-se
na máscara da superficialidade ou no comodismo da premiação através do uso das
distorções é tão ou mais perverso que o sistema em si, agravado pelo nível de
consciência que o agente tenha alcançado. Para tanto, as iniciativas vazias
produtoras de resultados inconsistentes precisam ser repensadas numa estrutura
realmente integradora na qual gere os próprios recursos, capacite como proposto
e atenda de fato a sua finalidade, participando dos elos de utilidade,
finalidades e funções distribuídos pelos âmbitos de atuação que são
operacionalizados pelo sistema que estiver vigente, sem negligenciar nenhuma
das partes direta ou indiretamente envolvidas ou afetadas.
A ilusão dos métodos paliativos
ignora a realidade originada nas causas que forjaram as consequências quais
estão se dispondo a tratar e precisam ser saneadas. Assim sendo, a Escravidão
Inconsciente, a ignorância como consolo do inconsciente coletivo, a Manipulação
Virtual e o Comprometimento da Ética Comportamental tanto nas relações
presenciais quanto nas virtuais, tem gerado agravantes sobre traços culturais
nessa “Humanidade Hightech” que precisam ser urgentemente evitados. Sob a mesma
análise de ideia, é necessário considerar que a razão não se encontra nos
extremos, apesar de termos que visita-los de vez em quando, e a diplomacia não
deve se igualar ao mau-caratismo de joguinhos particulares que constituem
equívocos evitáveis a partir da postura individual diante da escolha entre
alimentar a sobrevivência de um modus deturpado de sobreviver proveniente do
sistema adoecido gerado pelas distorções e disfunções no pensamento humano ou simplesmente
elevar-se em nível de consciência a ponto de refletir escolhas íntegras e
genuínas, centradas no bem estar do todo, iniciando a partir de pequenas ações
em si mesmo e assim contagiando aos demais, puxando a todos para um patamar de
espiral crescente de desenvolvimento.
O comprometimento do caráter
humano chegou ao absurdo, por exemplo, dele reduzir-se ao patamar de um animal
instintivo apenas, como se não precisasse respeitar qualquer limite ou barreira,
ignorando os espaço e direito alheios, extrapolando todos as limitações
saudáveis que o discernimento sadio é capaz de criar para poder conduzir-nos em
sociedades. A ideia sobre qual lastreia esse comportamento parece estar embasada
na noção de inexistência de quem “cobre a fatura”, não percebendo que ao agir
dessa forma, gera um efeito negativo em cadeia que retorna os resultados de sua
ação a si mesmo devidamente corrigidos pela sobreposição dos fatores afetados, que podem ser analisados em qualquer tempo da existência de desenvolvimento que esse ser precise limitar
sua percepção sobre os efeitos disso e com a separação de amostra para análise de
suas consequências quando se dá a investigação das causas e sua relação com as consequências percebidas. Esse indivíduo mal compreende que na existência, ou se toma
consciência de seu papel ou é usado e provado por ela a fim de que os objetivos
dela sejam atendidos de uma ou de outra forma. Desse modo, a Existência colabora
consigo mesma usando todos os fatores e agentes disponíveis quer despertos,
semi-despertos ou dormentes quanto a consciência a respeito de si mesmo e de
suas escolhas, porém, todos acabam vivenciando os resultados produzidos em
algum nível e proporção. Daí a necessidade pungente de se pensar em conjunto e
não mais isoladamente, de pensarmos como espécie habitando o mesmo espaço,
carentes dos mesmos recursos e interdependentes uns dos outros, do meio e dos demais
seres existentes.
Ora, o fato de existir um
argumento verdadeiro entre tantos sofismas não deve significar que estes
estejam validados como verdades essenciais. É preciso depurar, explorar, questionar,
experimentar e conhecer para se ter propriedade. Ninguém discorre com
propriedade sobre aquilo que desconhece. Ou seja, os fins nem sempre justificam
os meios, porém os meios podem ou não justificar o fim no qual são empregados,
porém é necessário transcender à ideia de repetição de teorias e partir para a
prática do questionamento, que nesse caso, concordo plenamente com Einstein
quando este afirma em outras palavras sobre a experiência ser a fonte do
verdadeiro conhecimento. E experiência pode ser através do processo de imersão
de consciência que nos eleva a tocar a malha do conhecimento transcendental,
uniforme e imutável que guarda os segredos das leis e sabedoria universais.
Diga-se de passagem, que muitos dos filósofos e pensadores de todas as eras o
praticaram, quer conscientemente ou não, e alguns o velaram sob o estereótipo
deformado do rótulo criado para "ocultismo", sem compreenderem que ocultismo no
fundo é a prática da busca pelo conhecimento que gere resultados efetivos e
responsáveis sob a análise e aspectos das leis naturais e universais
manifestas, sejam elas visíveis ou não, porém que através delas, a Mente
Suprema cria as realidades, expressa suas criações em formas, modus e matérias
diferentes combinadas num sistema complexo em estrutura e simples em relações basilares, auto gerido e auto
regulável que entrega resultados diversos devido ao seu perfeito grau de
imperfeição. Daí a necessidade de rasgarmos o véu da ignorância que se abastece
dos frutos da distorção gerando disfuncionalidades absurdas aos poderes de
criação e destruição, que são essenciais, justos e responsáveis entre si a fim
de que as mentes sejam esclarecidas e elucidadas libertando-se das amarras da
ignorância e da limitação do padrão da imposição que os sofismas criam bem como
os pré-conceitos, para que passem a ter fome de conhecimento sadio, pois como
saberão que o desejam se não experimentarem? Conhecimento em mãos erradas é
à serviço da ignorância.
Para isso, é também preciso vencer
as máscaras sociais que nos impomos e nas quais nos limitamos para realmente encontrarmos
a essência e expressão de ser consciente de si mesmo. E isso extrapola qualquer
conceito religioso, autodestrutivo, imoral, ou dito meramente revolucionário
pela simples ideia inconsistente de opor-se a algo sem a devida razão ou
embasamento responsável. Sob esse aspecto, as deformidades provocadas pelos
vícios de métodos paliativos funcionam como fortalecedores da sistemática
originária dos problemas que causam, amplificam ou agravam as distorções e
disfunções no sistema através dos efeitos em cadeia, onda e eco. Seu uso
habitual e a propagação desse subterfúgio como meio, modus ou caminho constante
e indiscriminado para solucionar questões que estão gerando as deformidades
revela o nível de comprometimento não só do caráter mas também da consciência
uma vez que o mesmo perfil comportamental pode ser detectado em todas as
conjunções e expressões presentes nas sociedades, que culminarão em resultados
que podem conduzir a humanidade ao seu fim pela inaptidão provocada por ela
mesma quando em vez de conceituar-se com espécie e grupo familiar, opta por
referir-se como indivíduos isolados como se coexistissem em espaços e tempos diferentes,
isoláveis e livres da afetação em cadeia, sem sequer considerarem os efeitos
macros dos desrespeitos aos ciclos e à continuidade do todo do qual é
dependente e interdependente, indiferentemente de continuarem habitando a Terra
ou encontrem outro lugar, se o modus de ser permanecer centrado nas mesmas
bases os resultados auferidos serão sempre similares, não importa quando e como
ocorram.
Essa forma distorcida de agir,
pensar e interagir a fim de galgar ganhos e status no âmbito da sobrevivência
se vê presente desde iniciativas como a ilustrada sobre as “Formações
Desprofissionalizantes”, às “Promessas de Campanhas” e os “Movimentos Sociais”
permeados de interesses alienados das vocativas suscitadas, se estendendo às
meras e aparentemente inofensivas ações de parciais solidariedade e
reconhecimento. Assim, a qualidade do conjunto que compõe o ser individual gera
o perfil geral do ambiente no qual ele equaciona para sobreviver, o que culmina
na qualidade da humanidade com a qual temos de conviver. Dessa forma, assim
como a chave está na consciência, a solução se encontra na eficiência e saúde
dos ciclos devidamente ajustados e encadeados entre si com o objetivo de gerar
resultados positivos em todas as direções, quer quando opere em sentido
construtivo ou destrutivo conforme a finalidade de suas funções e requeira a
questão. O resultado esperado disso é que os resultados promovam equilíbrio em
todas as direções cuja afetação seja capaz de alcançar, gerando equilíbrio dos
diversos âmbitos de algum modo conectados, sob os quais possam ser expressas “humanidades”
mais condizentes com a condição e significado reais do que pesa ser “Ser Humano”,
através de simbioses positivas entre si, com os demais seres e com o meio onde
quer que se estabeleça.
Como se pode inferir, a dicotomia
é o caminho para a ignorância, enquanto que a Equivalência da Complementariedade
revela-se o percurso para melhor nortear e elucidar as questões sobre as quais
devemos, carecemos e precisamos trabalhar, operar, agir, interagir, desconstruir
e reconstruir nossas bases a fim de estancar os efeitos da “Máquina da
Crueldade” que vem perfazendo horrores em todos os níveis e momentos até então
conhecidos e divulgados da história da humanidade. Nisso inclui questionar os
próprios parâmetros do que se tem por conhecimento. Conhecimento não é mero
acúmulo de informações tangenciadas, mas a prática e experimentação assimilados
e concatenados do campo das ideias para a materialidade com a finalidade de
atender o objetivo qual se deve prestar ou servir como solução eficaz. Assim,
não basta apenas cobrar compromissos sobre a responsabilidade do conhecimento
gerado e divulgado, é preciso desenvolver qualidade de filtro prático, capaz de
alimentar um discernimento condizente com a faculdade de pensar, e esta não se
limita a teses, teorias ou sequer a pensamentos de homens que um dia receberam
a dádiva a iluminação, porque as sementes lançadas pelas pontes que divulgaram
tais informações precisam frutificar. Se não extrapolam a origem do pensamento
que a trouxe ao conhecimento geral, morrem por atrofia. A função da semente é
germinar, gerando um ser capaz de gerar inúmeras outras sementes até melhores que
ela mesma. Se isso não ocorre, há dano na semente ou no terreno que a acolheu, quando não em ambos.
Dessa forma, precisamos transcender à ideia dos subterfúgios viciados e viciantes nos usos dos
paliativos em qualquer quesito, ainda que seja necessária sua aplicação em
questões pontuais. Assim sendo, precisamos trabalhar a consciência do ser,
seu grau de compromisso e responsabilidade consigo e com todos os demais a fim
de colhermos os frutos de uma humanidade de maior e bem melhor qualidade.
“A finalidade máxima de uma
academia é formar pensadores. Se formar questionadores, a missão já se faz um
sucesso.” (Pensamento sintetizado a partir da exposição de ideias de uma aula da
professora Lúcia Helena Galvão disponibilizada no Youtube via canal da Nova
Acrópole)
Há também méritos a serem
reconhecidos à Monja Coen que há mais de cinco anos acompanho ainda que inconstantemente.
Seus exemplos de dedicação ao que
acreditam inspiram e motivam a olharmos para horizontes de esperança, reconhecendo
em ambas as chamas da centelha divina que ajuda a clarear em momentos de
escuridão. Muito Obrigada às duas e a todas as equipes que trabalham para
viabilizar a pulverização do conhecimento sadio. Que “Eu Sou” os abençoe.
Joyce Egly. ♥🌹
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