O Plástico é o Vilão?
Olá, Ser! Seja Bem-Vindo. Antes de continuar a leitura, sugiro que tenhas em mente que o objetivo desse espaço é gerar algum questionamento sobre determinado assunto e desenvolver uma ideia sobre a forma de como repensá-lo, ok?
O Ciclo do Plástico bem como de todos os outros produtos indevidamente descartados só se torna um problema por causa da destinação incorreta e pelos impactos não racionalizados durante o processo de produção, que nesse caso, incia-se na extração da matéria prima básica e tem terminado em bueiros, canais, lixões, oceanos, mares, rios, solos, matas, estômagos e corpos. Isso leva a refletir sobre quanto tempo se prospecta existir petróleo a extrair para atender todos os ramos industriais, de fabricação e demandas de consumo? Assim, enquanto a sustentabilidade continuar sendo uma capa de argumento frágil, publicitariamente reforçada para justificar mudanças no consumo sem gerar profundas mudanças nos hábitos cujo objetivo deve ser beneficiar o todo que formamos, continuaremos produzindo dificuldades, desafios e obstáculos à nossa continuidade.
A maior parte dos produtores de plástico no Brasil é composta por pequenos e micro empreendedores segundo síntese publicada pelo Sindicato da Indústria de Material Plástico no Estado do Paraná (Simpep), em http://simpep.com.br/wp/wp-content/uploads/2011/04/Cadeia-Produtiva-do-Pl%C3%A1stico.pdf. Segundo o mesmo conteúdo, o setor de produção de plástico vinha sofrendo crescentes altas de demanda com o aumento de consumo ativado sobre todos os setores que dele fazem uso. Assim, a pergunta que não se cala é: Se o principal produto acabar nos próximos 40 a 50 anos ou sua extração ficar inviável, qual será o destino de todos os envolvidos nas cadeias produtivas dele dependentes? E quem sofrerá o maior impacto?
Ou seja, buscar alternativas às aplicações do petróleo, por exemplo, é mais do que uma necessidade de desenvolver uma consciência mais eficiente e voltada para o equilíbrio do todo no qual existimos. É também necessidade da continuidade dos complexos empresariais, sejam eles grandes ou pequenos, que se encontram encadeados pela mesma matéria prima, gerando empregos e movimentando a economia mundial e sua falência abrupta causaria uma disruptura catastrófica caso não viesse sendo trabalhada a mudança de postura e perfil através da consciência sobre a forma, meios e modos de consumo.
Portanto, sem romantismos, incentivar a sustentabilidade e um melhor convívio com o planeta e demais seres, além de necessário para o desenvolvimento do ser humano, é vital para todos os setores sobre os quais debruçamos a responsabilidade de atender nossas demandas de consumo e conforto. A mesma lógica aplicada sobre a cadeia produtiva do petróleo, plástico e combustíveis fósseis, se estende aos produtores de energia, seja ela limpa ou não, pois a preocupação deve estar no centro da continuidade e sobrevivência para atender a toda demanda crescente pelo maior tempo possível, daí a necessidade de desenvolver ciclos de produção retroalimentados, com fontes perenes, abundantes e que ao menos afirmem reduzir o impacto ambiental. Digo "ao menos afirmem", porque até a produção de energia limpa, se promovida de forma invasiva e inconsciente, pode gerar impactos negativos em larga escala e em cadeia.
Tomando como parâmetro que o desafio não está em descobrir como Não Usar determinado recurso mas em Como Usá-lo de forma Eficiente e Equilibrada, não é o produto em si o problema, mas todos os vícios existentes desde o ponto de extração à destinação final dos rejeitos, inclusive os destinados a reaproveitamento. Assim sendo, lógico que é necessário criarmos alternativas ao petróleo e seus derivados bem como a outras fontes de recursos não renováveis, mas não sejamos tolos a ponto de não compreendermos que nossos maus hábitos podem perpetuar o real problema em nova roupagem.
Sob essa ótica, uma embalagem ou produto tidos como sustentáveis podem se tornar tão potentes poluidores e potenciais provocadores de mortes à exemplo do que já temos conhecido. Uma boa ilustração disso é vermos produtos que foram indevidamente descartados que já foram resultados de processos do ciclo de reciclagens ou idealmente pensados para durarem o máximo possível sem considerar que todo produto possui um ciclo de uso e tende ao descarte ou substituição, quer sejam por desgaste, insatisfação ou modismo. Desse modo, os nossos hábitos realmente carecem nova consciência e postura, não apenas por uma questão de iluminação pessoal, se assim o indivíduo escolher para si, mas, principalmente, para que se possa continuar usufruindo de uma vida tecnologicamente confortável e possibilidades de ascensão quanto a sua qualidade de vida.
Extraindo da problemática que a solução deve resolver a DESTINAÇÃO dos rejeitos e descartes, objetivando compor um Sistema retroalimentado, através de conexões eficientemente encadeadas, o impacto positivo sobre o meio ambiente parece ser bem mais eficientemente promovido por aquele fabricante/produtor que estimula a devolução das embalagens com recompensas de desconto ou recebimento de um novo produto estipulado sobre determinado volume de unidades retornadas do que aquele que desenvolve toda uma linguagem sustentável mas não responsabiliza-se pela destinação de suas embalagens. E isso pode ser pensado como um "Banco de Retorno" operado por todo o sistema, à exemplo das máquinas de recolhimento de garrafas Pet que operam na Alemanha e concedem descontos na aquisição de produtos dentro dos mercados. Doutro modo, os aspetos e resultados serão equivalentes aos já obtidos no decorrer da história e potencializados pelo advento da Revolução Industrial até as circunstâncias atuais.
A Solução é a Eficiência do Ciclo que deve estar devida e inteligentemente encadeado de forma que conduza a todos numa motivação de participar nele e dele e a ele integrá-lo. O mesmo espectro pode ser aplicado sobre a Cadeia Produtiva do Plástico, que, para fazer-se eficiente num processo sustentável, precisa que os demais agentes atuantes e partícipes do processo de consumo estejam engajados e comprometidos em retornar os descartes em condições de não comprometer o novo produto a ser gerado como também a fim de que os custos com esse processo não o tornem inviável. Portanto, mais uma vez é possível notar a interdependência entre os agentes e fatores, que devem ser percebidos como partes complementares e interdependentes entre si, não só por relação de consumo mas também por relação de continuidade.
Assim, desenvolver um sistema eficiente, retroalimentado e com alternativas de matérias primas aplicáveis não se revela apenas uma necessidade expressa pela potencialização dos efeitos colaterais negativos trazidos pelas mudanças climáticas naturais, mas também da humanidade como um todo, das sociedades como partes, dos empresários e investidores como viabilizadores do sistema, dos governos como reguladores e normatizadores dele e demais seres como co-habitantes do mesmo espaço que serve os recursos, uma vez que todos carecem e se beneficiam com isso. Portanto, falar em Preservação Ambiental, Economia Circular, Sustentabilidade, Sistemas Holísticos que Integram o Homem em sua Plenitude, Mudanças de Hábitos, Posturas e Consciência, deve ser potencializada pela necessidade de Sobrevivência baseada na Existência com foco na Unidade, uma vez que o todo somente funciona de forma justa, se todos estiverem comprometidos a fazerem os sacrifícios necessários a fim de usufruírem dos benefícios desejados.
Pensar e Executar nessa direção vai muito além de mero ativismo ou linguagem produzida pelo Eco da Unanimidade. É necessidade de sobrevivência não apenas de grande parte dos setores que movimentam a economia mundial quer seja pelo sistema geral quanto para o parasitário, que neste caso, é o sistema que sozinho não se sustenta por questões de aplicação prática, uma vez que, se removê-lo do sistema hospedeiro, ele tendencia a minguar como se pode notar quando o mesmo opera isoladamente interno a determinada fronteira, e são representados pelos sistemas baseados no Comunismo e no Socialismo Exclusivamente. Portanto, substituir o sistema atual por um sistema ajustado de forma holística, como promete a Economia Circular, não deve negligenciar nenhuma das partes muito menos se lastrear sobre ações superficiais que engajam sem o devido desenvolvimento da consciência, para que distorções como as aplicadas ao produto Plástico não perpetuem. Isso significa dizer que nossos maus hábitos, falta de visão sistêmica, falta de responsabilidade e compromisso com o outro e consigo mesmo fizeram do plástico um dos grandes vilões argumentativos por causa dos péssimos resultados gerados pela destinação indevida, problema qual TODOS precisamos nos empenhar em corrigir.
Abraço, Gratidão e Até! ♥🌹
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